domingo, 23 de novembro de 2008

Dados sobre o uso de drogas no Brasil

DADOS SOBRE USO DE DROGAS NO BRASIL E NA REGIÃO SUL

Fonte: “I Levantamento Domiciliar Sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil: Estudo Envolvendo as 107 Maiores Cidades do País – 2001”, realizada pelo Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), com apoio e financiamento da Secretaria Nacional Antidrogas da Presidência da República

Percentual de uso na vida

Região Sul
Brasil
Qualquer droga (exceto tabaco e álcool)
17,1 %

19,4%
Álcool
69,4%
68,7%
Tabaco
44,1%
41,1%
Maconha
8,4%
6,9%
Benzodiazepínicos
4,2%
3,3%
Solventes
4,0%
5,8%
Cocaína
3,6%
2,3%
Xaropes (codeína)
2,4%
2,0%
Estimulantes
2,0%
1,5%
Opiáceos
1,2%
1,4%
Orexígenos
1,0%
4,3%
Alucinógenos
0,6%
0,6%
Crack
0,5%
0,4%
Barbitúricos
0,5%
0,5%
Anticolinérgicos
0,5%
1,1%
Esteróides
0,2%
0,3%
Merla
0,1%
0,2%
Heroína
0,1%
0,1%


Percentual de dependência

Região Sul
Brasil
Álcool
9,5%
11,2%
Tabaco
12,8%
9,0%
Maconha
1,6%
1,0%
Benzodiazepínicos
-
1,1%
Solventes
-
0,8%
Estimulantes
-
0,4%


DADOS RELEVANTES DA PESQUISA NA REGIÃO SUL

1. O uso na vida de qualquer droga, exceto tabaco e álcool, foi de 17,1%.

2. A estimativa de dependentes de tabaco foi a mais alta das regiões brasileiras
(12,8%).

3. A Região Sul também registrou a maior porcentagem de dependentes de
maconha (1,6%).

4. O uso na vida de maconha (8,4%) e de cocaína (3,6%), nesta região, foram
as maiores porcentagens em comparação às outras regiões do Brasil.

5. O uso na vida de orexígenos (medicamentos que estimulam o apetite), ao
contrário das outras regiões, foi o menor registrado (1,0%).


DADOS RELEVANTES DA PESQUISA NO BRASIL

1. 19,4% da população pesquisada já fizeram uso na vida de drogas, exceto
tabaco e álcool, o que corresponde a uma população de 9.109.000 pessoas.
Em pesquisa idêntica realizada nos EUA, essa porcentagem atingiu
38,9% e, no Chile, 17,1%.

2. A estimativa de dependentes de álcool foi de 11,2% e de tabaco 9,0%, o
que corresponde a populações de 5.283.000 e 4.214.000 pessoas, respectivamente.

3. O uso na vida de maconha aparece em primeiro lugar entre as drogas ilícitas,
com 6,9% dos entrevistados. Comparando-se esse resultado a outros
estudos, pode-se verificar que ele é bem menor do que em países como: EUA
(34,2%), Reino Unido (25,0%), Dinamarca (24,3%), Espanha (22,2%) e Chile
(16,6%). Porém, superior à Bélgica (5,8%) e à Colômbia (5,4%).

4. A segunda droga com maior uso na vida (exceto tabaco e álcool) foram os
solventes (5,8%), porcentagem bastante próxima à encontrada nos EUA
(7,5%) e superior à encontrada em países como: Espanha (4,0%), Bélgica
(3,0%) e Colômbia (1,4%).

5. Surpreendeu o uso na vida de orexígenos (medicamentos utilizados para
estimular o apetite), com 4,3%. Vale lembrar que não há controle para a
venda desse tipo de medicamento.

6. Entre os medicamentos usados sem receita médica, os benzodiazepínicos
(ansiolíticos) tiveram uso na vida de 3,3%, porcentagem inferior à verificada
nos EUA (5,8%). Quanto aos estimulantes (medicamentos anorexígenos),
o uso na vida foi de 1,5%, porcentagem próxima a de vários
países, como: Holanda, Espanha, Alemanha e Suécia (ao redor dos 2%),
mas muito inferior aos EUA (6,6%).

7. A dependência para os benzodiazepínicos (medicamentos para tirar a
ansiedade) atingiu 1,1% dos moradores das 107 cidades pesquisadas,
seguida pela dependência de maconha (1,0%), de solventes (0,8%) e de
anfetamínicos (substâncias anorexígenas que tiram o apetite, com 0,4%
de dependentes).

8. O uso na vida de heroína, no Brasil, foi de 0,1%, cerca de dez vezes menos
que nos EUA (1,2%). Vale lembrar que a precisão da prevalência do
uso na vida para heroína foi muito baixa (vide Metodologia).


População estudada (Brasil)
A amostragem deste estudo foi construída a partir das 107 cidades com mais de 200
mil habitantes, o que abrange 41,3% da população total do Brasil, ou seja, o equivalente
a 47.045.907 habitantes, segundo o mais recente Censo Demográfico (IBGE,
2000).

População estudada (Região Sul)
A amostragem deste estudo foi construída a partir das 18 cidades com mais de 200
mil habitantes da Região Sul, totalizando 947 entrevistas. As cidades são:
SC: Blumenau, Florianópolis e Joinville.
PR: Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.
RS: Canoas, Caxias do Sul, Gravataí, Novo Hamburgo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria e Viamão.

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